DEDO EM GATILHO/DEDO EM MOLA

TENOSSINOVITE ESTENOSANTE

O que é?

Os tendões funcionam como longas cordas desde os músculos no antebraço até chegarem aos dedos. Neste trajecto passam através de um túnel ou poleia; esta tem uma base óssea e teto de tecido fibroso.

A tenossinovite estenosante, normalmente conhecida por dedo em gatilho, envolve as poleias e tendões dos flexores dos dedos da mão.

O dedo em gatilho acontece quando o tendão desenvolve um nódulo ou edema da película envolvente.

Quando o tendão aumenta de volume provoca dor, ressalto e/ou sensação de dedo preso. Isto provoca um ciclo vicioso entre o gatilho, inflamação e edema, o que leva em alguns casos a um bloqueio, não sendo possível dobrar ou esticar o dedo envolvido.

Causa

As causas para o aparecimento do dedo em gatilho não estão totalmente esclarecidas. A inflamação dos tendões flexores pode ser causada por gestos repetitivos. Algumas doenças como a artrite reumatóide, a gota e a diabetes estão associadas ao aparecimento de dedo em gatilho.

Sinais e Sintomas

O dedo em gatilho, no início, pode causar um ligeiro desconforto na base do dedo. Um espessamento ou nódulo pode ser sentido nessa zona. Quando o dedo começa a ficar bloqueado e a provocar o ressalto, pode ser possível sentir dor na articulação interfalângica proximal do dedo.

Tratamento não cirúrgico

O objectivo do tratamento do dedo em gatilho é eliminar o ressalto e permitir o movimento total do dedo sem dor ou desconforto. O tratamento pode também implicar uma mudança de actividade para diminuir o processo inflamatório. O edema à volta do tendão flexor e da bainha deve ser reduzido para permitir o deslizamento suave do tendão. O uso de uma tala ou a toma de anti-inflamatórios orais podem estar indicados para diminuir o edema.

Infiltração

A infiltração é mais eficaz que o tratamento não cirúrgico, embora mais invasiva. O corticóide pode ser injectado localmente por forma a diminuir o processo inflamatório. A taxa de sucesso é de aproximadamente 70% e a principal complicação associada é a despigmentação e/ou atrofia cutânea no local da injecção.

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Tratamento Cirúrgico

Se as formas não cirúrgicas de tratamento não melhorarem os sintomas, a cirurgia poderá ser o próximo tratamento. A cirurgia é realizada em regime de ambulatório, sob anestesia local. O tratamento consiste na abertura da poleia proximal onde é removido o tecido inflamatório peritendão. A mobilização ativa do dedo começa geralmente no pós-operatório imediato e a utilização normal do dedo pode recomeçar assim que a ausência de queixas o permita. A taxa de sucesso está perto dos 95%.