Fractura distal do rádio

O que é?

Uma fractura corresponde a uma solução de continuidade de um osso.

O traumatismo é a causa mais frequente, seja de grande impacto (acidentes de mota, bicicleta, desportos de contacto) ou de baixo impacto.

As lesões de maior impacto tendem a provocar lesões mais graves. Por sua vez, as lesões de baixo impacto são habituais em mulheres pós-menopausa e indiciam uma osteopenia/osteoporose.

Sinais e Sintomas

A dor é imediata, associada muitas vezes a edema, deformidade e impotência funcional. Na maior parte dos casos, a falta de força é consequência da dor. A dormência e formigueiro de alguns dedos pode ser um sinal da compressão do nervo mediano – síndroma do túnel cárpico agudo.

Tratamento não Cirúrgico

O tratamento depende da gravidade da fractura. As fracturas alinhadas podem ser tratadas conservadoramente: é colocado um gesso (imobilização gessada) durante um período previsível de 6 semanas. O gesso deve estar bem adaptado, permitindo a mobilização dos dedos (extensão e flexão). A dor deverá ser controlada com analgesia simples (Paracetamol, Ibuprofeno). Caso a dor não esteja controlada, o(a) doente deverá ser reavaliado(a).

Tratamento Cirúrgico

Em regra, as fracturas articulares ou não alinhadas devem ser submetidas a tratamento cirúrgico.

O tratamento tem como objectivo restabelecer a anatomia dos ossos fracturados; é na grande maioria dos casos colocada uma placa e parafusos para manter o alinhamento correcto após a redução. A cirurgia é realizada em regime de ambulatório, sob anestesia loco-regional.

A mobilização activa da mão começa geralmente no pós-operatório imediato e a utilização normal do punho para as actividades de vida diária tem a duração aproximada de 3 meses.
Muitos casos requerem a necessidade de medicina física e reabilitação/terapia ocupacional.

A recuperação completa demora cerca de 1 ano.